domingo, 26 de junho de 2011

Sonhar ou, simplesmente, querer



Olhando para trás vejo uma pessoa sem sonhos. Satisfeita com as conquistas que fez. O problema é que deixou de ter objectivos, deixou ter algo pelo qual lutar. "Então? Já alcancei tudo o queria". Talvez a sua vivência e educação tenha contribuído para ter sonhos realistas e contentar-se com o que tem, com o que faz. Talvez tenha sido uma forma de se proteger, para não dar passos que achava que não seria capaz de dar. Talvez, simplesmente, não tivesse descoberto o que lhe preenche a alma e ilumina o olhar.

Hoje, essa pessoa sonha. Projecta. Perde-se em pensamentos, em vontades. O seu coração enche-se quando pensa "É isto que eu quero!", frase a que estava habituada ouvir mas da boca de outras pessoas. "Eu quero!" Porque nos agarramos ao "Gostaria de..." quando podemos dizer "Eu vou fazer!", "Eu gosto de e quero..."?! 

Vivemos uma fase de instabilidade económica que faz com que ouçamos várias vezes: "Não arrisques", "Não é altura para sonhar, nem para querer". O irónico no meio disto tudo é que, já dizia Erickson, "a crise gera desenvolvimento" e é nos momentos de crise ou dificuldade que a criatividade melhora, assim como a capacidade de resolução de problemas. 

4 comentários:

  1. alguem que pensa que te conhece27 de junho de 2011 às 11:31

    não está fácil... mas chegaremos ao destino!! Força!

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  2. mas será que está impossível?? Muito obrigada pela Força. É bem precisa! :)

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  3. As pessoas perderam o poder de acreditar por causa desse pensamento extremamente realista que a sociedade nos impõe. Devemos ser realistas, mas na medida e tempo exatas, se não pararmos para sonhar de vez em quando seremos apenas robôs de carne fazendo atividades que nos foram jogadas na frente.

    Muito bom seu texto, simples e direto.

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  4. @Priscilla de la Fleuret: Obrigado pelo teu comentário! Concordo contigo. É importante sonhar de vez em quando para sentirmos que a vida vale a pena e que podem existir outras possibilidades.

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