domingo, 26 de junho de 2011

Sonhar ou, simplesmente, querer



Olhando para trás vejo uma pessoa sem sonhos. Satisfeita com as conquistas que fez. O problema é que deixou de ter objectivos, deixou ter algo pelo qual lutar. "Então? Já alcancei tudo o queria". Talvez a sua vivência e educação tenha contribuído para ter sonhos realistas e contentar-se com o que tem, com o que faz. Talvez tenha sido uma forma de se proteger, para não dar passos que achava que não seria capaz de dar. Talvez, simplesmente, não tivesse descoberto o que lhe preenche a alma e ilumina o olhar.

Hoje, essa pessoa sonha. Projecta. Perde-se em pensamentos, em vontades. O seu coração enche-se quando pensa "É isto que eu quero!", frase a que estava habituada ouvir mas da boca de outras pessoas. "Eu quero!" Porque nos agarramos ao "Gostaria de..." quando podemos dizer "Eu vou fazer!", "Eu gosto de e quero..."?! 

Vivemos uma fase de instabilidade económica que faz com que ouçamos várias vezes: "Não arrisques", "Não é altura para sonhar, nem para querer". O irónico no meio disto tudo é que, já dizia Erickson, "a crise gera desenvolvimento" e é nos momentos de crise ou dificuldade que a criatividade melhora, assim como a capacidade de resolução de problemas. 

terça-feira, 21 de junho de 2011

A escrita tem poder!




Resolvi partilhar convosco uma reflexão que fiz, em tempos, a propósito da gestão da inteligência emocional. Esta acaba por compilar algumas das coisas já escritas e partilhadas neste blog. Penso que é sempre bom relembrar...

O processo de gestão da inteligência emocional parece simples, mas quando paramos para reflectir, para nos concentrarmos em nós mesmos as dificuldades emergem. Em primeiro lugar, somos confrontados com as nossas fragilidades. Muitas vezes nos refugiamos nas actividades que encetámos no dia-a-dia só para evitarmos parar e pensar sobre isso. 

Muitas vezes conhecemos as nossas fragilidades ou dificuldades mas como estamos com um auto-conceito negativo pensamos sempre que dificilmente conseguiremos mudar a nossa vida. Antes de se enveredar por qualquer processo de acção é importante pararmos, dedicarmos tempo à introspecção e escrever. A escrita tem poder. Ajuda-nos a estruturar o pensamento. Assim, o momento de auto-consciência é fundamental.

Contudo, realizar um plano de acção é igualmente difícil e quando o implementarmos deveremos ser analíticos o suficiente para o avaliar e reestruturar sempre que necessário.

Depois de tudo isto, desafio-vos a escreverem, a colocarem no papel o que vos define, como são enquanto pessoas, quais os vossos pontos fortes e os vossos pontos fracos, como os outros vos vêem e como gostariam que vos vissem. É um dos passos para a auto-consciência. Parece fácil? Aguardo feedback! ;)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Meditando...


O último post falava de mudanças. Hoje resolvi partilhar as mudanças que tenho vindo a sentir... Aceitei o desafio da minha grande amiga e há 11 dias seguidos que pratico meditação. Confesso que no início achava que ia abandonar rapidamente o desafio. No entanto, consegui organizar a minha vida de forma a ter este Me Time (com muita compreensão e ajuda do marido, claro!). Sinto que estou mais sintonizada comigo mesma e que aquele reboliço de emoções e aquela necessidade de partir tudo e todos diminuíram significativamente. Senti muita paz e muito amor. Sinto que estou a mudar, naturalmente. Para já o meu foco está no agora. Ao contrário do que sentia antes, o enfoque no futuro tem como objectivo encontrar caminhos para crescer e evoluir, para aproveitar ainda melhor o Agora. Aquela ansiedade de antecipação diminuiu. Enfim, sinto que cresci, que amadureci e continuo a fazê-lo. Sei que tenho ainda muito para percorrer e vou enfrentar o meu maior adversário: o MEDO. Espero sair vitoriosa!

sábado, 4 de junho de 2011

Mudança(?)



Hoje, enquanto falava sobre mudar de vida, surgiu-me esta questão: será um luxo querer mudar de vida numa altura tão conturbada como esta? 

E depois surgiram outras: Deveremos nós arriscar ou aguardar melhores dias? Deveremos dar graças por termos emprego, mesmo que este não nos satisfaça? Deveremos deixar tudo como está, porque se mudarmos alguma coisa arriscamos a ficar pior? 

Somos bombardeados com mensagens ambivalentes: "não mudes, agarra-te ao que tens, porque isto está muito mau!"; "Se estás insatisfeito, muda! Age! deixa de pensar no que gostarias de fazer e começa a fazer algo!" 

E agora? Que mensagem privilegiar?