sábado, 26 de março de 2011

Que pena...



Que pena quando temos expectativas relativamente a algo e ficamos desiludidos. Foi o que me aconteceu numa formação onde estava à espera de empatia, assertividade e imparcialidade. Uma das formadoras não correspondeu, fez-me pensar que aquele era o seu espaço catártico, dada a quantidade de exemplos pessoais que trouxe. Aliás, trouxe mais exemplos seus que os seus próprios formandos. Fez-me pensar que em alguns momentos o que apresenta não são conhecimentos científicos, mas empíricos (resultantes da sua experiência pessoal). Valeu pelos exercícios, que poderia perfeitamente ter feito em casa ou em formação a distância, e pelos vídeos, que foram de facto os momentos mais interessantes. 

Fez-me pensar que eu podia fazer melhor se trocássemos de papeis. E o mais importante de tudo, despoletou em mim sentimentos de insegurança devido à sua postura um pouco dura, por vezes negativista e pouco empática. 

Não lhe retiro a bagagem teórica e prática que possui. No entanto, penso que poderia ter feito melhor.
Mesmo assim, e para desdramatizar, consigo encontrar aspectos positivos em tudo isto, porque obrigou-me a reflectir mais fundo e a valorizar o que alcancei até agora. E quando der formação tenho mais uma dica sobre o que não fazer! :)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Era das emoções?




Os serões com a gestão da inteligência emocional continuam. Nestes dias tenho falado sobre isso com as pessoas amigas, colegas e familiares e reparo que há um interesse muito grande pelo tema. Pensava que as pessoas iam rir quando soubessem que estava a ter formação sobre isso. Fui surpreendida pela positiva! 

No entanto, tudo isto me faz pensar acerca das necessidades das pessoas. Penso que, de um modo geral, as pessoas estão insatisfeitas. O mental não é suficiente, o emocional também não. Andamos à procura de um equilíbrio constante. Mais do que mostrar que possuem conhecimentos ou capacidade de raciocínio, as pessoas procuram reconhecimento, valorização, equilíbrio, liderança, segurança, entre outros aspectos. As pessoas procuram emoções positivas. Nas empresas valorizam-se as competências pessoais, a capacidade de gestão emocional (que muitas vezes está ausente nas Direcções). Num mundo tão inconstante, de crise constante, de pessimismo em relação ao futuro, as pessoas sentem-se inseguras ou mais inseguras. Ao mesmo tempo sentem uma vontade enorme de mudar, daí o interesse por estes temas.

Fala-se muito em inteligência emocional, psicologia positiva, desenvolvimento pessoal, liderança pela excelência, gestão de conflitos, valorização do sorriso, empatia,.... Estaremos nós na era das emoções? Na era da procura do equilíbrio? Estarão as pessoas mais abertas à mudança individual? Será esta uma forma de enfrentar estes novos desafios que a sociedade nos impõe? Penso que sim. Contudo, ainda hoje falamos na dificuldade das crianças e adolescentes de hoje saberem lidar com a frustração e na arrogância que apresentam. Estarão os adultos tão focados na sua gestão emocional  que esquecem que é importante educar os filhos nesse sentido? Estarão as escolas a esquecer essa dimensão? Ou estarei eu enganada em relação a tudo o que disse neste post?!

E tu? O que pensas sobre isto?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os princípios da diversão

"It's not absolutely necessary that you have fun... but life is better when you do"


Get focused, be creative, use your wisdom, take action!

E tu? Are you having fun and really enjoying your life?

sábado, 12 de março de 2011

Representações


Inteligência Emocional. Foi com este tema que passei o serão de ontem. Muitas coisas se discutiram, mas a que quero partilhar convosco é a importância dos esquemas mentais que associamos às emoções. Uma emoção pode ser igual para várias pessoas, mas desencadeada por estímulos diferentes, assim como, um estímulo pode desencadear emoções diferentes de pessoa para pessoa. Quando tomámos consciência das emoções atribuímos-lhe um sentido, uma representação, um mapa mental.

A propósito das representações fizemos um exercício interessante: desenhámos uma moeda de um euro. "Hum, que interessante... (ironia)" devem estar a pensar. Mas foi revelador. Não houve um desenho igual. Cada um de nós tinha uma representação diferente da moeda que nos passa pela mão todos os dias. Ora se isto acontece com uma coisa tão simples, então imaginemos o que acontece com as nossas memórias. Serão elas uma cópia fiel da realidade, da experiência? Uma experiência é isso mesmo, uma experiência, assim como uma mesa, é uma mesa e ponto final. Nós, seres humanos, é que lhe atribuímos uma emoção, uma representação. Por isso é que várias pessoas sentem de forma diferente situações iguais. Então, serão as histórias de vida uma representação idêntica à experiência ou aos acontecimentos vividos? E a História? Não será o espelho de representações de quem a escreve?

terça-feira, 8 de março de 2011

A nossa zona de conforto



Hoje celebra-se um grande dia! Não, não é o dia de Carnaval! É esse mesmo! O dia Internacional da Mulher! É verdade! E foi entre mulheres que surgiu a ideia do tema de hoje: a nossa zona de conforto.

Todos nós temos o nosso espaço de onde muitas vezes não queremos sair e onde nos sentimos seguros. Não tem de ser um espaço físico, pode ser, também, uma série de actividades que fazemos, que gostámos ou não, mas que estamos habituados a realizar, ou seja, algo que já não nos traz desafio e que nos sentimos seguros a fazer. Uns têm uma zona de conforto grande e outros mais pequena. Aquele que têm uma área de segurança grande abraçaram medos e desafios. Arriscaram e alargaram a possibilidade de realização de coisas no espaço que, até determinada altura, era desconhecido.Passo a dar um exemplo, se antes realizar desportos radicais estava fora da área de conforto da pessoa X, a partir do momento que resolveu experimentar e fazê-lo mais do que uma vez, alargou a sua área. And so on, and so on. Existem aqueles que têm uma área de conforto mais pequena, ou seja, há um maior leque de coisas que se apresentam como um desafio, que trazem alguma insegurança e maior ansiedade. Exemplificando, para algumas pessoas conduzir na auto-estrada ou sair da casa sozinho é dar um passo fora da sua zona de conforto, .

Agora surge uma importante questão: serão aqueles que possuem uma área de conforto maior os que alcançam o bem-estar e a maior felicidade? Penso que não, porque o mais importante é sentirmo-nos bem na nossa área de conforto. Por outras palavras, se estou bem com o que tenho, com o que quero para mim, não preciso de alterar esse espaço. No entanto, se estás bem, mas queres mais,se estás insatisfeito, então está na altura de alargares a tua área de conforto, de arriscar. Portanto, não é o tamanho do nosso espaço seguro que importa, mas sim, a nossa satisfação com o mesmo. Há pessoas que possuem uma zona de conforto grande, mas ainda não estão satisfeitas. E há aquele grupo de pessoas que têm uma área confortável mais reduzida, mas não procuram mais porque estão bem. Penso que estes sentimentos não são eternos. Há alturas que estamos bem com o que temos e fazemos, outras, nem por isso.

Quanto a mim, já defini o que faz parte da minha zona de conforto, o que está fora dela e o que será mesmo muito difícil de alcançar (aqueles sonhos grandiosos, aquelas experiências que nos geram muito medo ou até pânico!). Posso mesmo dizer que já comecei a alargá-la, nas pequeninas coisas, porque é dessa forma que se alcançam grandes feitos (hope so)!

Voltando ao Dia Internacional da Mulher... Já pensaram nas vezes que as mulheres saíram do espaço seguro (pelo menos aquele que conhecem melhor e que, por vezes, é bastante adverso) e lutaram para alcançar os seus direitos, para parar com os abusos de que são vítimas, para se sentirem Mulheres por inteiro, respeitadas e valorizadas? 

E tu? Como te sentes na tua zona de conforto? É ela suficientemente confortável?

segunda-feira, 7 de março de 2011

Músicas de Intervenção

Ontem fomos presenteados com a bela da surpresa: Os Homens da Luta foram escolhidos pelo povo português para representar Portugal no célebre Festival da Canção Eurovisão. Surpreendente! Positivamente surpreendente! 



A explicação:



Não esperava que os Portugueses fizessem essa escolha. Isto mostra que achamos que a música tem poder. Queremos passar uma mensagem. Se vamos vencer? Tivemos grandes músicas e nunca vencemos. Por isso, vamos marcar pela diferença e vamos deixar uma mensagem. Esta é uma música típica de um festival deste género? Claro que não! Vamos mostrar que Portugal é um país fraco? Claro que não! É estratégico? Atrevo-me a dizer que sim, who knows?!!  :)

Não podemos esquecer, também, o impacto de "Parva que sou" dos Deolinda. Esta música foi e é o mote para a manifestação "Geração à rasca" do próximo dia 12 de Março. Retrata o que se passa actualmente e, também, as dificuldades que os jovens passam, ao contrário do que muitos possam pensar.



Venha mais música! Venha mais luta!

sexta-feira, 4 de março de 2011

"Analfabetismo tecnológico"


Ontem, durante uma bela de uma jantarada, a minha madrezita resolveu presentear-nos com algo que tinha assistido. Contava ela que, enquanto levantava dinheiro numa caixa multibanco no interior de um banco, uma senhora entra dirigindo-se para o telefone que lá se encontrava. Pega no auscultador e pergunta aos colaboradores que se encontravam a trabalhar:
 - Como é? São vocês que marcam o número?
Admirado um deles pergunta:
- Qual é o assunto?
Indignada a senhora retalia:
Isso é uma coisa pessoal. Como é? São vocês que fazem a chamada? (O telefone não tinha propriamente números para digitar...)
- Minha Senhora - respondeu - Esse telefone é para entrar em contacto com o banco".
E a senhora ainda indignada pergunta:
- E então onde é que eu posso fazer uma chamada? É que não trouxe o telemóvel!
A senhora saiu e lá foi ela fazer a bela da chamadita para o quiosque em frente. :)

Bem, esta situação é bastante engraçada. De certeza que a minha mãe se divertiu mais do que todos nós que a ouvimos ou lemos depois. Mas não é isso que me leva a escrever este post, mas sim a questão atrás de tudo isto: "analfabetismo tecnológico".

Fale-se bastante do analfabetismo da população portuguesa e não se presta atenção a um tipo de iliteracia que emerge e que diz respeito a esta era da tecnologia. Claro que nós pensamos "Aquela senhora não é muito inteligente. É lógico que aquele telefone não é para fazer qualquer tipo de chamadas". Mas a senhora deve ter pensado "Ninguém explica!!!" Penso que é urgente instruirmos a nossa sociedade, porque para uns é fácil lidar com as novas tecnologias, para outros é um enorme problema que, se puderem, evitam.

Muitas vezes não temos paciência para explicar aos nossos pais ou avós a lidar com as novas tecnologias. Mas podemos contrariar isso, desde que as pessoas tenham interesse também. Felizmente, os meus pais são bastante autónomos quanto às TIC e agora raramente precisam de mim. Não tiveram medo de arriscar e aprender novamente, contrariando o analfabetismo tecnológico. Quantos serão aqueles que têm medo de conhecer a inovação? O que podemos fazer? Marginalizá-los? Contribuir para aquilo que se chama de info-exclusão? Ou partilhar os nossos conhecimentos promovendo a info-inclusão?

quinta-feira, 3 de março de 2011

Objectivando...



Objectivos. Todos temos definido para nós o que queremos alcançar. A isto se chama ter objectivos (que raio de afirmação). Há quem tenha objectivos gigantes e por vezes quase inatingíveis e há quem tenha objectivos pequeninos. A literatura diz que as pessoas que definem maioritariamente pequenos objectivos alcançam mais depressa a sensação de sucesso, promovendo assim o seu bem-estar e a sua qualidade de vida.

Ora, quanto a mim (lá vem a egocêntrica de novo) cheguei à conclusão que preciso definir objectivos e que ao longo da minha vida não pensei muito nisso. Penso que vem daí a sensação de vazio, de incerteza e de insegurança.

Ontem, o meu livro de desenvolvimento pessoal confrontou-me com a importância de traçarmos objectivos. Quando intentei fazê-lo pensei "faço amanhã". Ora isto mostrou-me que eu tenho um problema (devem estar a pensar "só um??? Naaaa..."): tenho medo de traçar metas, porque ao fazê-lo serei obrigada a agir. Fiquei triste com esta conclusão, mas corresponde à realidade. Nunca tinha sido confrontada directamente com esta realidade. Quero realçar que estes objectivos são individuais, porque quando os defino em conjunto a minha postura é diferente (caricato, não?).

No entanto, e como ando numa de contrariar, decidi que vou arriscar e, para começar, vou escrever num papel tudo o que gostaria de alcançar, das pequenas às maiores metas. Dessas metas vou estabelecer prioridades e, depois, vou partilhá-las com alguém. Segundo a literatura (até parece que tenho lido bastante), devemos partilhar os nossos objectivos com alguém, porque as pessoas quando nos encontrarem irão perguntar "e então? Já fizeste aquilo (o objectivo, claro)?" e nós não vamos aguentar muito tempo a dizer "Ai e tal, não!", pois isso revelará uma fragilidade nossa.

Assim, começo já e partilho convosco, em primeira mão, um dos meus objectivos: definir objectivos!!!  ;)

Já definiram os vossos?