quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pegadas pouco ecológicas




Hoje estava a ler numa revista (Gingko) algo que me surpreendeu imenso... a pegada pouco ecológica que nós deixamos apenas por causa da alimentação. É verdade. Fiquei a saber que uma vaca leiteira produz 75kg/ano de Metano que equivale a mais de 1,5 tonelada de dióxido de carbono! Uma vaca só...Por cada quilo de carne bovina consumido são emitidos 22,3 kg de dióxido de carbono! Já para não falar do peixe. As técnicas de arrasto para pescar o peixe ameaçam o ecossistema, devido à destruição da flora e da fauna. Só para terem noção, uma rede de arrasto pode destruir o equivalente a cinco mil campos de futebol numa só viagem!

Isto é terrível! Leva-nos a querer repensar toda a nossa alimentação. Ora aí surge novo problema, porque o consumidor tem de fazer um esforço suplementar para alterar e manter a sua alimentação, baseada em produtos da época, produtos verdes, produtos locais, uma vez que praticamente tem de fazer uma formação para saber distinguir, encontrar o mercado certo. Apesar de muito ter mudado nos últimos anos e de as pessoas estarem mais sensibilizadas, muito pode ser feito para ajudar as pessoas a ter uma alimentação mais saudável e mais ecológica. O mundo dos negócios acaba por ser sempre um obstáculo, daí pouco mais se fazer em relação a isto. Penso que está mesmo nas nossas mãos.

Resumindo, tudo isto faz-me querer repensar a minha alimentação. Bem, vou ter de pôr mãos à obra e começar a fazer umas pesquisas. Tem de se começar por algum lado!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Apelo aos ciclistas


Hoje a mensagem é destinada a um grupo em particular: os ciclistas. 

Começa o sol a espreitar e começam a multiplicar-se. Sozinhos, a par ou em grande grupo, lá estão eles a desafiar a velocidade e a paciência dos automobilistas, que ansiosos esperam ultrapassar este obstáculo incerto. 

O Ciclismo é uma doença implacável que apanha desde os mais pequenos até aos mais velhos. É algo que se pega! Aliás penso que estamos a viver uma epidemia! 

Os mais novos lá andam, muitos sem capacete, sem noção de regras de trânsito. Enchem os passeios e as passadeiras. Mas estes ainda estão a aprender. Cabe ao automobilista andar com cautela e dar um desconto. 

Depois, temos o ciclista de passeio que não sabe o que é uma fila! Normalmente, passeia aos pares ou em família, quando tem pequenotes, e vão sempre lado a lado. Este espécime está ainda a trabalhar a sua competência de circular em fila. Tem de se dar um desconto mas não escapa a umas palavritas bem ditas! 

Temos também o velho ciclista, aquele que sempre teve a bicicleta como sua companheira de toda uma vida. Por vezes, e se o alemão estiver de férias, lá se lembra de andar o mais à direita possível e até ajuda o automobilista. O problema é que, com as nossas estradas, tem de se desviar de buracos, tampas de saneamento e, naturalmente, demora mais tempo a ultrapassar os obstáculos. Coisas da idade! O automobilista resmunga para dentro e pensa  "quem me dera chegar à idade dele e ainda andar de bicicleta!". 

Por fim, temos a espécie mais perigosa... o Ciclista Pseudo-Profissional. Equipado a rigor, normalmente circula em bando e usa esta estratégia para se impor no trânsito. Intencionalmente circula lado a lado com outro da sua espécie exibindo as suas competências e a velocidade que consegue atingir. Olha para o automobilista como uma ameaça e com inveja, porque quer atingir a velocidade de um automóvel. Por isso, olha com desdém e mantém o comportamento só para se exibir! Normalmente não reage a palavras bem ditas, nem a buzinadelas. Contudo, sabe bem fazê-lo! É libertador!

Por isso, senhores ciclistas pseudo-profissionais, e com todo o respeito, se estão a ler este post, por favor lembrem-se que, quando saírem à rua para testarem os vossos limites físicos, o que o povo quer é circular. Não ocupem uma via inteira! Vá lá, vocês são capazes! Assim como nós respiramos fundo para não vos dar uma pancadinha nas rodinhas, respirem fundo e circulem em fila! Obrigada!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Seres de hábitos




"Rotina" é uma palavra que muitos dizem não gostar. "Uma relação que entra na rotina", "uma vida rotineira" e outras frases do género normalmente possuem uma carga negativa, como se a rotina fosse um estado que ninguém quer viver ou sentir. Contudo, se repararmos bem, qual o percurso que fazemos para o local de trabalho todos os dias? A que horas costumamos lanchar e almoçar, todos os dias? E aquelas tarefas que realizamos no início de cada mês? Estamos rodeados de rotinas e de hábitos que muito dificilmente abandonamos porque gostamos que assim seja.

O ser humano facilmente se habitua a algo e cria rotinas. Hoje dei por mim a pensar no quão habituados ficamos a um sítio. E, por mais que pensemos "tenho de sair daqui" ou "não aguento mais isto", a novidade assusta... porque não estamos habituados a ela. Penso que só hoje percebi o que devem sentir aquelas pessoas quando saem de um local de trabalho onde estiveram durante vinte anos da sua vida. Contudo, isto não tem propriamente de gerar um sentimento negativo, porque é assim que continuamos a crescer, a desenvolver competências e a sentir que ainda somos capazes de fazer algo diferente, de nos adaptarmos. No fundo, deixam-se velhas rotinas para deixar que outras se criem.