sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tempos difíceis...


Dois anos a trabalhar num horário estranho: manhã, tarde, noite. Refeições? Palavra esquecida depois das 17h. Só a máquina de vending para satisfazer a primeira necessidade da pirâmide Maslow. A incapacidade  de programar o que quer que seja desmotiva dia após dia.

Novo emprego, novo horário. Tarde e Noite... Mantém-se a ausência nos jantares de família e festas de aniversário. Manhãs vividas num sono solitário. Almoços em conversa com as séries da TV Cabo. O cansaço, a profissão que nada traz de novo, onde já não há mais nada a aprender. O tempo que se passa sozinho a pensar nas portas que se podem abrir e naquilo que o horário não permite fazer. As formações estão limitadas no tempo. O tempo com a família já é tão pouco que mais uma actividade parece retirar o que de melhor se tem, o que nos dá força para aguentar mais um dia, e mais outro... A solidão do trabalho continua até casa, até que alguém chegue. Saio de casa vazia e entro com a casa vazia. Fico apenas com as vozes das paredes e do vento, se este resolver aparecer.

O futuro promissor é algo que parece nunca mais vir. Aquele que poderia ser um caminho interessante, revela-se, por vezes, num caminho sem saída ou em muito mau estado.

A esperança tão depressa vem, como rapidamente resolve ir embora. As forças esgotam-se... só apetece parar, não pensar e descansar... Aquele brilho, aquela felicidade, ora vem, ora vai... são várias as vezes que não aparece...
O cansaço destes tempos difíceis aumenta e começo a render-me...

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